ESTUDO ACÚSTICO DOS RÓTICOS NO PORTUGUÊS TOCANTINENSE: CONTRIBUIÇÕES A PARTIR DA TEORIA DOS EXEMPLARES
DOI:
https://doi.org/10.35520/diadorim.2018.v20n2a18033Palavras-chave:
Róticos, Variação, Gradiência, Teoria dos ExemplaresResumo
Este trabalho tem como objeto de estudo os róticos no falar tocantinense, a partir de dados de dois falantes da cidade de Porto Nacional. Tem como enfoque o estudo acústico as realizações do r forte em posição intervocálica e em início de palavra e do r fraco intervocálico. Os objetivos da pesquisa são averiguar como são produzidos os róticos nesses contextos na referida cidade e, em consequência, contribuir para a descrição das variedades do Português Brasileiro e trazer dados para a discussão do status fonológico dos róticos. Coletamos dados de dois informantes, um masculino e outro feminino, com nível superior em curso, a partir da leitura de frases e de uma entrevista semi-dirigida. Como aporte teórico, pautamo-nos na Teoria dos Exemplares para explicar como se dá a variação da produção dos róticos. As análises mostraram variação na produção tanto do r fraco quanto do r forte: para o r fraco encontramos pronúncias de tepe e tepe aproximante alveolar, com maior incidência de aproximantes nos dados de fala espontânea; para o r forte, encontramos formas velares e glotais, com predomínio das últimas. Encontramos também gradiência na produção, o que evidencia que os fenômenos não são categóricos. Em termos de Teoria de Exemplares, concluímos que as formas variantes estão disponíveis nas representações dos falantes investigados, com variantes centrais para cada contexto fonológico: a glotal para o r forte e o tepe para o r fraco.Downloads
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